Se você atua em um cargo de gestão, já deve ter ouvido falar da cultura data driven que rege o mercado na atualidade. A governança de dados há tempos deixou de ser um diferencial: hoje, interpretar e gerenciar dados com eficácia é determinante para que um negócio se posicione de maneira estratégica.
A forma como empresas lidam com o grande volume de informações disponíveis sobre clientes, tendências e demais dados corporativos é crucial para nortear o planejamento e as tomadas de decisão.
No mercado dinâmico e veloz em que vivemos, não há espaço para o “achismo” no que diz respeito ao futuro do negócio. Cada vez mais, a gestão precisa do apoio em conhecimento e insights confiáveis, seguros e embasados para construir um caminho que leve ao crescimento saudável e lucratividade.
A governança de dados é um tema tão fundamental que ela se tornou basicamente o foco central do setor de Tecnologia da Informação (TI) de uma empresa. Neste post, você vai entender melhor esse conceito e ver na prática como aplicá-lo de forma efetiva em seu negócio. Continue a leitura!
O que é governança de dados?
A governança de dados envolve todos os processos, políticas e recursos que funcionam como pilares de uma estrutura para o gerenciamento de informações corporativas. Toda essa arquitetura será responsável pela forma e escolha quais dados serão coletados, minerados, interpretados, armazenados e disponibilizados para a organização.
Vivemos em plena era da informação. Com o crescimento exponencial do volume de informações digitais para serem processados — conhecido como Big Data —, empresas começaram a notar o potencial desse conhecimento para gerar insights sobre seu negócio, produto, serviço e até mesmo seus consumidores.
Não demorou muito para que as organizações percebessem que os dados gerados são os verdadeiros ativos em uma organização, sendo a melhor ferramenta para o planejamento tático e as tomadas de decisão.
Diante dessa realidade, a governança de dados tornou-se imperativa para lidar e manipular esse material rico de maneira apropriada e eficiente. Caso contrário, sem uma visão estratégia em relação aos dados, a empresa tende a simplesmente se perder em meio à imensidão de informações e fica difícil conseguir usar dados de maneira que eles contribuam para o fluxo do trabalho e direcionamento do negócio.
A importância da LGPD para a governança de dados
Diante de um mundo orientado por dados, a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei n° 13.709/2018), foi aprovada em 2018 para regulamentar a maneira como empresas lidam com os dados pessoais de indivíduos.
Seu intuito é proteger os direitos e a privacidade de usuários, determinando formas corretas de ter acesso, coletar, classificar, reproduzir, armazenar, processar e distribuir informações de pessoas.
A LGPD foi inspirada no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR), de 2016, que regulamenta os mesmos processos na União Europeia e Espaço Econômico Europeu.
Essa movimentação tanto do cenário internacional como brasileiro contribuem para ressaltar o papel da governança de dados. Ter processos estruturados sobre o manejo de informações ajuda empresas também a estar em conformidade com a lei, garantindo a segurança e zelando pela privacidade de seus clientes e parceiros.
Como implementar um sistema de governança de dados de forma eficaz?
Agora que você entende melhor a relevância e o papel da governança de dados para uma empresa, conheça as boas práticas para implantar a estrutura necessária de forma correta e segura. Confira nossas dicas a seguir!
Entenda como funciona o fluxo de informação na sua empresa
Comece avaliando a situação atual da empresa. Quais são os métodos de análise de dados usados no momento? Como a informação é gerada? Quais são os critérios que determinam o uso dos dados? Essas e outras perguntas devem ser consideradas em uma metodologia de avaliação.
Somente após um diagnóstico preciso é possível entender as demandas e prioridades reais do negócio, a fim de fazer uma implantação de um sistema de governança de dados cujo foco seja o uso correto e relevante das informações.
Utilize os dados como um recurso estratégico
É imprescindível ter em mente, durante esse projeto de implementação, a real função de um sistema de governança de dados e do uso de dados em si.
Eles, essencialmente, serão instrumentos para nortear as ações e decisões tomadas para impulsionar os resultados do negócio. Isso quer dizer que deve-se investir em um processo para tornar essa informação tangível e acessível para as áreas da empresa que podem melhorar seus processos a partir dos dados gerados.
Uma vez coletadas, as informações podem vir em diversos formatos. Organizá-las e saber quais devem ser aproveitadas e como são etapas importantes para tornar o uso de dados estratégico. Portanto, a definição de KPIs é uma etapa que não pode ser ignorada.
Defina políticas e procedimentos para o ciclo de vida dos dados
De acordo com diretrizes da LGPD e seu guia de boas práticas, o ciclo de vida do tratamento de dados engloba cinco fases:
- coleta — produção e recepção;
- retenção — armazenamento;
- processamento — classificação, utilização e reprodução;
- compartilhamento — transmissão e distribuição;
- eliminação — descarte das informações.
Naturalmente, uma boa estratégia de governança de dados deve ser pensada considerando recursos e processos para lidar com cada uma dessas etapas. Logo, pesquisar ferramentas e práticas que contemplem essas fases são pontos fundamentais nesse projeto de implementação.
Treine e envolva a equipe de negócios
Dados valem ouro para a estratégia de um negócio, mas eles não são nada sem as pessoas. São os profissionais e especialistas que olham para essas informações e extraem o melhor delas.
Nesse sentido, é fundamental envolver todo o time no projeto e atribuir papéis e responsabilidades para que o mesmo seja produtivo e cause o impacto positivo esperado.
Para fazer melhor uso das ferramentas e recursos, não deixe de treinar a equipe envolvida. Dessa forma, você garante que os profissionais estejam bem preparados para trabalhar as informações e extrair insights de qualidade.
Monitore riscos e resultados
Mensurar e acompanhar resultados regularmente são segredos para o sucesso de qualquer projeto. Para a governança de dados, isso não é diferente.
O mundo e o mercado estão em constante mudança, o que afeta também o volume e a natureza dos dados. Isso quer dizer que uma metodologia aplicada antes pode não funcionar tão bem hoje. Reavaliar processos, medir indicadores, avaliar riscos e buscar melhorias devem ser etapas constantes em um plano de governança de dados.
Portanto, inclua, em seu plano de implementação, uma fase dedicada à avaliação de riscos e resultados para que seu sistema de gerenciamento de informações esteja sempre atualizado e em aperfeiçoamento contínuo.
Ter uma estrutura de governança de dados eficaz contribui enormemente para os resultados e para o crescimento de um negócio. Um conjunto de processos e diretrizes bem estabelecidos assegura que dados críticos não sejam desperdiçados, e sim usados para definir os próximos passos da empresa, nortear melhores as estratégias, embasar decisões importantes e muito mais.
Ao investir nessa iniciativa, a empresa garante dados de qualidade superior, além de fortalecer a segurança e a conformidade, especialmente com a LGPD. Por isso, não perca tempo: estabeleça ou atualize seu sistema de governança de dados e comece a usar a informação a seu favor!
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